terça-feira

Travessia

O carro segue serpenteando pela estrada estreita, cheia de sobe e desce. Depois de muito tempo de só mato pelos dois lados, faz-se uma curva fechada como cotovelo. Em seguida é preciso pegar embalo para enfrentar a subida íngreme que vem pela frente. Ainda assim, só engatando uma primeira marcha se consegue chegar ao topo, lentamente, sem pressa.


Lá em cima, à direita, a imensidão do Oceano Atlântico se descortina em todo o horizonte, e provoca como um choque em nossa pequena existência. A paisagem bonita demais começa a acompanhar a gente.

O trecho da serrinha vai e vem em ora sombra e quietude outra hora um grito de luz. A beirada da esquerda, toda bordada de marias-sem-vergonha vermelhas, cor-de-rosa e brancas, segue alegre até o perímetro urbano, onde São Sebastião indica o caminho da balsa.

Atravesso o mar verde esmeralda, o vento salino umedece meus cabelos livres, enquanto vai soprando minhas preocupações para trás.

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